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    Carta de um judeu à presidente Dilma Rousseff

    No mês de maio deste ano – na primavera – estive em Israel e tive o privilégio de conhecer o brasileiro judeu, Efraim Rushansky, que mora em Israel há 44 anos.

    Hoje acessando minhas redes sociais, encontrei esta carta aberta que ele escreveu para a presidente do Brasil Dilma Rousseff. Compartilho:

    CARTA ABERTA À
    SENHORA PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF
    O nome dado
    pelos meus pais a mim foi Efraim, em homenagem ao meu bisavô
    morto pelos nazistas na Hungria, quase no final da Segunda Guerra Mundial. Pelo
    meu sobrenome Rushansky, não se faz necessário dizer que sou judeu. Portanto,
    de antemão abdico do direito de ser um analista imparcial do conflito árabe-israelense. 
    E apesar de ter no presente momento dois filhos e
    dois sobrinhos envolvidos nos combates, da forma mais direta que a senhora pode
    imaginar, quero lhe dizer que não vejo a guerra entre nós israelenses, e nossos
    vizinhos palestinos em preto e branco. 

    O conflito tem matizes, e podemos encontrar
    argumentos legítimos em ambos os lados, e para surpreendê-la também lhe dizer,
    que sinto tristeza com os mortos palestinos. Estou lhe escrevendo esta carta,
    em memória dos ideais que compartilhamos nos anos 60 do século passado, de
    lutar por um mundo melhor. Tenho o maior respeito e admiração pela senhora
    presidente, que pôs sua vida em risco afim de concretizar os nossos sonhos de
    um Brasil justo e democrático. Eu como muitos outros, que saíram do Brasil por
    este mundo afora no rabo do foguete, optei por ir morar em Israel, onde nos últimos
    44 anos continuei a lutar pelos ideais de um mundo mais justo e melhor, no lado
    da esquerda radical israelense.

    Depois desta curta apresentação, quero lhe dizer o
    quanto fiquei surpreso com a retirada do embaixador do Brasil em Israel, em
    protesto pelo uso desproporcional de força do nosso exercito. Pela causa
    declarada, eu entendo que estou sendo acusado de não ter permitido, que as
    centenas de foguetes palestinos lançados de Gaza, caíssem em nossas cidades e
    aldeias. Ou seja, nós fizemos uso abusivo de uma tecnologia única desenvolvida
    em Israel, de foguetes antifoguetes, hoje conhecida no mundo inteiro como Iron
    Dome. Realmente desleal destruir no ar, o sonho do Hamas de destruir e matar o
    maior número de civis israelenses em terra. Estou sendo acusado de ter em minha
    casa um abrigo antiaéreo para onde minha mulher, eu e a Linda (a cadela boxer)
    corremos todas as vezes que soa o alarme antiaéreo. Eu moro bem perto da casa
    do embaixador do Brasil, e creio que quando eu escuto a sirene, ele também deve
    escutar, e correr para o abrigo de sua residência, pois o Hamas senhora
    presidente, manda os foguetes indiscriminadamente contra as nossas cidades, e o
    míssil tanto pode cair na minha casa como na casa do embaixador do Brasil,
    independente da simpatia que tenha o governo brasileiro pelo Hamas.

    Imagino que a senhora deve ter um só peso, e uma só
    medida na busca da justiça absoluta e ultimativa. Verdade que cerca de 600
    civis palestinos e 300 combatentes do Hamas foram
    mortos nestes 19 dias de conflito. Se não fosse o cuidado e respeito que temos
    por vidas inocentes, o número de civis mortos teria sido muito maior. Vamos
    supor que usássemos as mesmas armas usadas pelo Hamas, e para cada foguete
    contra Israel mandássemos um foguete contra Gaza. Seguramente, não teríamos
    matado os combatentes do Hamas, muito bem protegidos nos bunkers e túneis,
    porem causado um número muito maior de vítimas inocentes no lado palestino. O
    exército de defesa de Israel tem pleno conhecimento que cada criança palestina
    morta é um ponto negativo que ganhamos na mídia mundial. Enquanto nosso exército
    protege os nossos civis, o Hamas usa a população civil como escudo e proteção,
    partindo da premissa que vamos evitar ao máximo atingir não combatentes. 

    Porém, como Israel é acusado de desproporção,
    pergunto em voz baixa, porque quando houve a negociação entre Israel e o Hamas
    sobre a devolução de um soldado israelense capturado por eles, em troca de 1000
    terroristas palestinos, a senhora presidente não chamou de volta o encarregado
    de negócios do Brasil frente a autonomia Palestina. Pelo parâmetro de justiça
    usado agora para acusar Israel, o Brasil deveria ter condenado os palestinos
    por pedirem 1000 terroristas em troca de um soldado. Não tenho dados exatos sobre o número de mortos civis
    durante a invasão da Chechênia pelos russos, ou do número de mortos civis nos
    muitos anos de guerra no Iraque. Porém, sei
    que o Itamaraty não retirou os embaixadores brasileiros nem da Rússia, nem dos
    Estados Unidos. Senhora presidente, Israel vive num bairro meio complicado.
    Nosso vizinho no norte há uns três anos esta mergulhado numa guerra civil onde
    foram violados todas as leis do tratado de Geneva (Genebra). Uso de gás,
    fuzilamentos de prisioneiros, milhões de cidadãos perderam suas casas, e muitos
    também suas vidas. Cento e oitenta mil mortos na Síria, senhora presidente, e o
    Brasil ainda não mandou chamar o embaixador brasileiro em Damasco.


    Por fim. Apesar de não ter sido creditado por ninguém,
    para escrever esta carta aberta, creio ser o porta-voz dos 10000 brasileiros
    que vivem em Israel, e de muitos milhões de brasileiros que nos amam de verdade
    no Brasil. Quero aproveitar, para convidá-la a visitar Israel. 

    A melhor época do ano é na primavera. Clima ameno e
    muitos campos floridos de flores brancas, amarelas, e vermelhas. Vermelho ainda
    continua a ser minha cor predileta, e creio que a sua também.
     
    Ver com seus próprios olhos, como transformamos
    desertos em jardins, nosso sistema escolar e acadêmico que trouxe tantos prêmios
    Nobel nos últimos anos. Nossos hospitais públicos onde além da população local,
    recebemos pacientes de todos os cantos do mundo, inclusive refugiados sírios e
    palestinos de Gaza. Sem falar da contribuição israelense no setor da alta
    tecnologia. 

    Sou guia de turismo credenciado em português, inglês,
    espanhol e hebraico. A senhora presidente, ou quem sabe até a primavera,
    ex-presidente, pode escolher a língua que lhe for confortável, lhe garanto uma
    boa estadia. Em memória dos anos sessenta abro mão dos meus honorários. 
    Sinceramente, Efraim Rushansky. 

    Escrito no pequeno paraíso de Morretes, Paraná.

    * Se você quer entender um pouco mais sobre o conflito Israel-Gaza, clique aqui

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    Haja paz em Israel e no Oriente Médio

    Jardim do Túmulo (Jerusalém, Israel)
    Foto: Elisandra Amâncio (Maio/2014)

    Nos últimos dias temos assistido pela mídia o conflito entre Israel e Hamás (Faixa de Gaza). De uma maneira geral a imprensa mostra os ataques de Israel à civis, como sendo de forma arbitrária.

    Tenho opinião formada sobre o assunto e achei importante reunir neste post dois vídeos explicativos que encontrei na Internet. Eles nos ajudam a entender melhor o que acontece ali. Precisamos estudar mais Geografia e Geopolítica.

    Acredito que nada justifique a violência, mas realmente torço para que a paz seja restabelecida em Israel e em todo o Oriente Médio.

    Alguém se lembra que esta crise começou com três adolescentes judeus que foram sequestrados e assassinados pelo Hamás? Violência que gera violência, triste demais. Li relatos de alguns brasileiros que estão em Israel contando sobre as estratégias do Hamás que se esconde (ou coloca) civis em seus locais de atuação. As pessoas estão céticas. Não se importam mais com a dor do outro. Como isso é triste.

    Tive o privilégio de conhecer Israel e de estar também em Hebron, na Cisjordânia. Tanto árabes, como judeus são apaixonados pelos brasileiros. Amo todos os povos que estão naquela região e espero vê-los em paz.

    Infelizmente acompanhando nas redes sociais tenho visto cada vez mais que falta amor e sobra arrogância. Comecei a fazer minhas reflexões pelo Twitter, passei para o Facebook, e não satisfeita, resolvi escrever este post.

    A arrogância das pessoas quando o assunto é Israel e Palestina vai desde o comportamento à exposição de opiniões.
    Compartilhe sua opinião, mas lembre de respeitar a opinião do outro. E mais que isso… ore por Israel e por Gaza. Que haja paz em Israel e em todo Oriente Médio.

    Assista aos vídeos, comente, compartilhe, e coloque no comentário links de vídeos sobre o assunto. A ideia é reunir neste blog pessoal, informações sobre esta situação entre Israel e Faixa de Gaza, e principalmente, ajudar que as pessoas entendam o que se passa ali.

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    Muçulmanos invadem aldeia cristã e crucificam nove [notícia]: