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Desabafo sobre grade do curso de Jornalismo

Confesso que estou bastante decepcionada com a grade do meu curso de Jornalismo. Agora que estou na reta final, curso cinco disciplinas, e delas, quatro são teóricas. Sem falar que para a disciplina prática, estou lendo 60 páginas para escrever uma.

Estou cansada com o tipo de ensino oferecido no Brasil. Não existe formas mais criativas para se dar uma aula? Não existem formas mais inteligentes de despertar o interesse do aluno? A desculpa que ouço de meus professores é que “se estamos em um curso de comunicação, é lógico que temos que ler muito.” O engraçado é que eu já leio muito. Agora, qual o motivo dos professores não darem suas aulas expositivas, contextualizar essas “teorias” para depois passar um trabalho?
Não que esteja “revoltada”, mas realmente, estou bem insatisfeita com a conclusão de meu curso. Conversei com outros colegas, concluintes do curso de Jornalismo de outras instituições, e aparentemente, só a Estácio é uma das poucas que assumem esse conteúdo teórico “pesado” no final do curso.
Além de trabalhar, estudar, e ter minha vida como mãe, tenho que enfrentar alguns “professores” que talvez por “preguiça” preferem colocar a turma para ler e dar aula. É mais conveniente, claro, pois se o aluno não apresenta da forma como o professor quer (e deveria ter ensinado), ainda tira pontos por isso.
Sinceramente, aos 3o anos, estou sem paciência para a educação medíocre praticada tanto em escolas, quanto em instituições de “ensino superior”. Lástima.

5 Comentários

  • Wander Veroni

    Oi, Elisandra!

    Apesar de já ser formado há 2 anos, também compartilho da mesma opinião que vc. Tive a oportunidade de emendar a pós-graduação com a conclusão do curso e isso me desgastou em um lado – por causa do excesso de teoria, mas por outro me ajudou muito.

    Nada contra a teoria, mas acredito que o 7º e 8º período do curso de jornalismo deveriam ser mais práticos. No 6º o aluno finaliza a monografia e nos dois pultimos períodos, o aluno ficaria por conta de fazer um negócio de mídia, além de ter mais matérias relacionadas à prática em mídia eletrônica pq mtos alunos saem da faculdade sem fazer um estágio.

    As faculdades falam que não há como tds os alunos serem absorvidos pelo mercado de trabalho. Mas esquecem de incentivar o lado empreendedor do aluno incentivando ele a criar um negócio de mídia sozinho ou em parceria com outros colegas.

    Espero que um dia o ensino superior mude e que a Comunicação seja respeitada como ciência, tanto no mercado, como na acadêmia.

    Abraço,

    http://cafecomnoticias.blogspot.com

  • Carlos Lyra

    Concordo com vc, principalmente para nós que trabalhamos o dia inteiro e estudamos a noite está quase impossível conseguir ler tanta coisa no final de semana. Realmente é uma vergonha esse ensino da estácio.

  • Carlos Lyra

    Concordo com vc, principalmente para nós que trabalhamos o dia inteiro e estudamos a noite está quase impossível conseguir ler tanta coisa no final de semana. Realmente é uma vergonha esse ensino da estácio.

  • Letícia Silva

    Olá Elisandra,

    Pelo que ouço falar do curso de jornalismo da Estácio, rola uma falta de noção mesmo. Eu faço jornalismo no UNIBH e, apesar de alguns defeitos, não trocaria minha faculdade por nenhuma outra. Estou no 5º período e a grade de lá é estruturada para que o aluno tenha muuuuuuuuuita teoria no ínicio e vá diminuindo a cada período. A partir de agora, até me formar só terei, no máximo, duas disciplinas teóricas. Acho isso muito bacana!!!
    TEMOS QUE LUTAR PELO ENSINO DO NOSSO PAIS.

  • Robinson Pereira

    Não acredito que haja meios de um professor, em uma aula de pouco mais de 40 minutos expor todo o conteúdo de 60 páginas, como a estudante falou. O aluno de um curso universitário deve ter contato com uma série de informações para, junto com o professor, tratar de questionamentos, busca de soluções, entendimento, etc. Isso não se faz apenas sentado na sala de aula ouvindo o que o professor tem a dizer. É preciso de um processo prévio de captação de informação e reflexão. Acho que o que precisa mudar mais no Brasil não é exatamente a educação, mas a forma como os alunos veem a educação. Vejo que existe uma tendência muito imediatista de assimilação de informação. Infelizmente não vivemos no mundo de Matrix, onde basta plugar um fio e enviar conteúdos inteiros de livros.

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