O Jornalismo nosso de cada dia…
Há três anos quando criei este blog era uma acadêmica do curso de Jornalismo. Lembro que no momento de escolher um nome para ele foi como “que” instantâneo o termo “Verdadeiro Jornalismo”.
O que mais me incomodava (confesso, ainda incomoda) era o falso compromisso de alguns veículos de imprensa com a abordagem das notícias. Qual seria então o “verdadeiro jornalismo”? Qual deveria ser a postura de quem acredita praticar o tal? A busca pelo “verdadeiro jornalismo” deveria ser mais pessoal ou de uma instituição como um todo?
Claro que não tinha estas respostas, suponho que ainda não as tenha. Mas hoje estive refletindo um pouco sobre a criação deste canal e objetivo inicial dele que seria falar sobre o comportamento da mídia e apresentar novas teorias, ferramentas e práticas para auxiliar na produção do bom e velho jornalismo.
Pensei em utilizar este espaço para compartilhar cursos, seminários, notícias e esses devaneios sobre a profissão que muito ocupam minha mente. Estudando um pouco mais a fundo a história do jornalismo entendemos que em todas as épocas ele foi utilizado como forma de promover alguém ou alguma coisa. Em todos os tempos, por meio de ferramentas e estratégias diferentes sempre existiu a tal “imprensa marrom” ou a chamada “imprensa vendida”.
Uma das minhas indagações sempre foi, por exemplo, porque revista de fofocas vende mais que uma revista de notícias? As pessoas se interessam mais pela vida dos famosos do que pelo decreto votado no Congresso Nacional (que influenciará a vida dele diretamente)?
Atualmente, trabalho como jornalista “autônoma” e também com assessorias de imprensa no meio chamado “gospel”. Migrando para um outro “meio” percebi que não somente em editorias tradicionais, mas também nas novas há uma busca por acertar. Ainda assim, a curiosidade das pessoas pela vida e desgraça alheia ainda me assusta.
Sabe aquele sonho de todo jornalista quando entra na faculdade? “Vou ajudar a mudar o mundo, para melhor, claro”. Parece que ao longo do caminho essa essência se perde. Na verdade, a imprensa não está vendida. Os profissionais também tem se vendido, aberto mão de seus próprios ideais e sonhos em troca de um salário na conta no final do mês.
Ah! O Jornalismo nosso de cada dia… E onde entra o “compromisso com a verdade”, a relevância da informação que interessa ao maior número de pessoas? Isso ainda me assusta! Apesar de que os anos estão passando meus ideais ardem mais fortes do que nunca dentro de mim.
Sonho realmente fazer algo que contribua para a vida daqueles que leem minhas matérias, artigos e sugestões de pauta. Deixando o romantismo de lado, é realmente fazer o que o jornalista deve fazer: informar! Informar com criatividade, zelo com a verdade, usando o máximo de seu background cultural para agregar a construção da notícia.
Devaneio por devaneio. Eu acredito, ainda há esperança!