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    Resenha: Jesus Copy de Douglas Gonçalves

    Recentemente finalizei a leitura do livro Jesus Copy – A revolução das cópias de Jesus, do pastor Douglas Gonçalves e lançado pela editora Mundo Cristão.

    Eu já seguia o perfil @jesus_copy no Instagram há bastante tempo. Quando ganhei o livro já fiquei com muita vontade de ler. Mas, bora ao que interessa!

    O livro tem 152 páginas e um texto muito acessível para qualquer pessoa, independente da religião que segue. A linguagem é muito jovial e inclusiva. Sou dessas que lê tudo que tem no livro, cada orelha, apresentação, prefácio, agradecimentos, tudo mesmo. Já na abertura, uma uma frase maravilhosa: “O que define um cristão? O fato de ele ser uma cópia de Jesus”.

    Pastor de jovens na Família Debaixo da Graça, em Bragança Paulista (SP), Douglas escreveu seu livro a partir das vivências de seu trabalho na igreja local e da realidade do Brasil. Um dos pontos que ele levanta no livro é uma das perguntas que mais me fiz nos últimos anos. Já que o número de evangélicos no Brasil só tem aumentado ano após ano, por qual motivo a criminalidade e corrupção não diminuem? Essa fica para você ler no livro.

    Ao longo da mensagem Jesus Copy confronta o leitor a respeito do que ele anseia ao se denominar cristão. Que para ver nossas vidas e o Brasil transformados, podemos agir a respeito, pois, os heróis da fé eram tão comuns quanto nós somos.

    Os títulos dos capítulos não são apenas legais, mas, trazem conceitos muito cotidianos, inclusive novos hábitos digitais, que por fim, tem desacelerado nosso compromisso com o Reino de Deus. Os capítulos: Síndrome do modo soneca, A voz de Deus, Confiar e obedecer, Você já viu Jesus?, Olhos fixos na eternidade, Venha o Teu reino, Bem-sucedidos, O verdadeiro problema e Conclusão.

    Alguns insights de Jesus Copy:

    “Se na vida física dormir é essencial, na espiritual é fatal: ouça o alarme de Deus, que o chama ao despertamento”.

    “A sua relação com Deus se dá exclusivamente por meio de um mediador?”

    “Sem aplicação prática, a Bíblia não tem efeito nenhum”.

    “Minha oração é que seu anseio por ver o Salvador supere todos os outros”.

    “Quando não cremos na existência do céu, tendemos a construir nosso céu particular aqui.”.

    “O assunto imensamente enfatizado na pregação de Cristo foi o reino de Deus”.

    “Deus quer usá-lo para levar o reino dele a um público específico”.

    “Para cumprir a Grande Comissão, temos de sair de nossa “bolha cristã”.

    “Nossa vida tem de estar alinhada ao nosso discurso”.

    “Muitos admiram Jesus; mas são poucos que desejam ser iguais a ele”.

    “Deus quer realizar em nós mudanças internas que resultem em transformações externas”.

    “Nosso verdadeiro problema tem nome: pecado”.

    “A verdade é que somos influenciados por quem seguimos”.

    Se posso destacar um dos momentos do livro que mais me arrancaram lágrimas foi quando o autor relembrou a história do Cego Bartimeu (Marcos 10.52). Ao ser curado por Jesus, a primeira visão que teve ao ter os olhos abertos foi o rosto de Jesus. Dá para imaginar isso? A recordação da primeira visão dele foi a face misericordiosa de Jesus. O autor ainda relembra um outro momento semelhante, a criação do homem, escrita em Gênesis. Quando Deus soprou vida em Adão, ao abrir os olhos ele contemplou a face de Deus! Isso é de fato ter a vida transformada por Cristo, viver a misericórdia que vem do céu.

    Outra reflexão no livro bastante forte é sobre a importância da igreja em nossa preparação como cristãos. E sobre termos entendimento de para onde Deus quer nos enviar. Até me lembrou sobre um livro que li há muitos anos do Max Lucado que falava sobre aquilo que Deus colocou em nossa bagagem (dons, talentos, portas abertas, etc.) nos diz muito sobre onde Ele quer nos levar. E algo muito lindo, sobre a importância do discipulado e de nos relacionarmos uns com os outros. O discipulado traz crescimento e maturidade ao cristão.

    O livro Jesus Copy – A revolução das cópias de Jesus tem diversos momentos de confronto. Mas, também nos apresenta alentos à alma de quem verdadeiramente segue ao Senhor. Esta foi uma das melhores leituras que fiz em 2017 e espero que seja uma ótima leitura para você.

    Se ler ou se já tiver lido, não deixe de comentar aqui suas impressões!

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    Resenha | Desafios da Liderança Cristã – autor: John Stott

    Infelizmente, não tive oportunidade de estudar Teologia ainda e não tinha a menor ideia de quem seria John Stott.

    captura-de-tela-2017-01-06-as-18-40-01No fim de 2016 ganhei o livro Desafios da Liderança Cristã, por John Stott, editora Ultimato. Confesso que foi um grande “achado”. Então, preciso começar falando sobre o autor. Ele viveu de 1921 até 2011, uma pena não tê-lo conhecido antes. Stott deixa como legado uma vida vivida totalmente para Cristo. É autor de mais de quarenta livros, um deles o best-seller O Discípulo Radical.

    O livro Desafios da Liderança Cristã tem uma história linda. Ele é a transcrição de quatro palestras dadas por John Stott, em Quito (Equador), em 1985. Eu tinha apenas seis aninhos de idade e este homem estava viajando pelo mundo falando brilhantemente sobre ser Cristão. O livro foi publicado no Brasil pela Ultimato em 2016.

    No livro Stott fala sobre cinco problemas vividos por líderes Cristãos:
    1) O problema do desânimo
    2) O problema da autodisciplina
    3) O problema dos relacionamentos
    4) O problema da juventude
    5) Dois “Timóteos”

    Falando resumidamente, sobre desânimo ele destaca a importância da consciência de que há apenas uma solução para o desânimo, o poder de Deus. Precisamos lembrar sempre que o poder Dele se aperfeiçoa em nossa fraqueza. Destaco uma frase de Stott: “O Evangelho é luz. É o meio pelo qual Deus vence as trevas e brilha no coração das pessoas”.

    O livro é repleto de experiências pessoas vividas por John Stott. Imagina ter em mãos situações vividas por um Cristão há décadas atrás. Dá até aquela “vergonha” por fazermos tão pouco em nome de Deus, enquanto as gerações anteriores agiram com tanta intrepidez e coragem.

    Sobre a Autodisciplina, Stott destaca sobre como manter o frescor espiritual. Aponta em sua própria experiência como foi importante ter disciplina em tudo o que fez para não se estagnar. Fala sobre a importância de se descansar, ter tempo para si mesmo, tempo de qualidade com a família e amigos, e ainda, buscar atividades ao ar livre.  E em diversas partes do livro podemos ver o bom humor do autor/preletor. Sempre carismático destaca boas práticas para uma vida mais leve.

    Stott fala em dicas práticas como orar todos os dias de manhã pelas tarefas daquele dia e ter uma lista de atividades diárias bem realista para não ficar perdido. Entre as lições ensinadas está a leitura anual bíblica. Ele deu um exemplo ótimo para começar a ler a Bíblia começando por Gênesis 1, Esdras 1, Mateus 1 e Atos 1. Esta prática vem de 1842. Fiquei maravilhada de ler algo tão sábio, tão antigo e tão pouco praticado. Assim, todos irão ler a Bíblia inteira durante o ano, sendo uma vez o Antigo Testamento e duas vezes o Novo Testamento.

    Ao falar sobre o problema dos Relacionamentos ele cita a frase de John Donne: “Nenhum homem é uma ilha”. Ele destaca neste capítulo sobre a função de quem é chamado para liderar, que é cuidar de pessoas, como mencionado em Atos 20.28. Os líderes são chamados para servir.

    Houve um dos momentos que me senti tão feliz, pois, ele menciona um livro que já li, de Charles Sheldon, Em seus passos o que faria Jesus? E ele comenta uma prática que faço há bastante tempo: será que Jesus faria o que vou fazer? Isso faz toda diferença em nossa caminhada cristã. E ele fecha este capítulo descrevendo experiências incríveis sobre a importância de ouvir as pessoas e não apenas falar.

    Quando ele menciona o problema da juventude, que é na verdade as dificuldades enfrentadas por líderes muito jovens, ele fala sobre Paulo e Timóteo e como é importante ser exemplo. Menciona uma frase de J. B. Phillips: “Não deixe que as pessoas o desprezem por ser jovem; cuide para que elas o respeitem por ser um exemplo para elas em seu modo de falar e em sua conduta, em seu amor, fé e sinceridade”.

    No capítulo “Dois Timóteos” é muito interessante, pois é o relato de dois discípulos que caminharam com John Stott em anos diferentes. Ambos trazem exemplos que mais marcaram a vida deles ao lado de Stott. É emocionante. “Ele realmente era um cristão ‘integral’, e a graça do evangelho se introduzia até nos detalhes mais simples de sua vida”.

    Terminei o livro com vontade de ler tudo que John Stott tenha falado ou ensinado, e claro, ler a biografia dele. Se alguém quiser indicar algum livro dele, deixe nos comentários!

    Livro: Desafios da Liderança Cristã
    Autor: John Stott
    Editora: Ultimato
    Páginas: 88 páginas