Blog,  Sem categoria

De olho nas mídias sociais

Mercado em expansão abre infinitas possibilidades para profissionais qualificados fazerem uma carreira de sucesso
Por Celina Aquino
 

Foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A Press

Agora não tem volta. As mídias sociais invadiram o mundo corporativo e se tornaram ferramentas estratégicas de extrema importância para as empresas que querem ampliar o relacionamento com o público-alvo, dar mais visibilidade ao negócio e até ampliar o faturamento. Bom para os profissionais interessados em trabalhar na área, já que o mercado está disposto a oferecer muita oportunidade, mas o desafio é encontrar mão de obra qualificada. Se você quer seguir uma carreira de sucesso na internet, é hora de correr para a sala de aula.

Opção é o que não falta em Belo Horizonte. De olho no novo campo de trabalho, as instituições de ensino criaram nos últimos anos cursos de curta duração, especialização, graduação tecnológica e até linha de pesquisa em mestrado e doutorado. Só não se qualifica quem não quer. “Voltem seus olhos para o mercado de comunicação digital, que cresce mais de 20% ao ano. Aí está a chance de encontrar vagas em abundância e oportunidade de crescimento”, alerta o presidente da Associação Mineira das Agências Digitais (Amadi), Thiago Miqueri.

Muitos profissionais que não são da área já aprenderam a lição. É possível encontrar nas salas de aula sociólogos, antropólogos, administradores de empresa, designers, advogados e engenheiros. A maioria dos alunos, porém, ainda é de publicitários, jornalistas e relações-públicas.

Miqueri só lamenta que nem mesmo os comunicadores estão preparados para trabalhar com as mídias sociais. “A academia ainda não forma profissionais qualificados o bastante para o novo mercado, o que para mim é uma tremenda incoerência. A internet é uma das principais mídias que recebem investimento publicitário. Ela está bem atrás da televisão, mas já se igualou ao rádio, jornal e revista”, observa. O presidente da Amadi entende que o momento é de apagão da mão de obra, pois não há profissionais suficientes para atender a demanda das empresas.

UNIVERSO ON-LINE A publicitária Mariana Figueredo Matias, de 25 anos, largou a agência da qual era sócia para trabalhar como analista de mídias sociais da Biofert. A empresa de fertilizantes queria atender diretamente o consumidor final e precisava entrar no universo on-line para interagir com os novos clientes. “Percebi que era uma ótima oportunidade. Já estava por dentro do assunto antes mesmo de ter o boom no Brasil”, explica. Valeu a aposta. A publicitária criou e monitorou por mais de um ano os perfis da empresa no Twitter, Facebook, Flicker, Orkut e YouTube e passou a dar atenção especial ao blog. Hoje, coordena todo o setor de marketing da Biofert.

Quase tudo o que Mariana sabe aprendeu na prática, mas logo ela percebeu a necessidade de voltar a estudar. Em setembro, concluirá um curso de pós-graduação em mídias sociais. “Estamos todos sedentos de informação e é fundamental adquirir conhecimento vindo de pessoas que já estão no mercado. O curso vai me trazer know-how, que hoje é essencial. As empresas querem ter uma boa performance no ambiente digital e precisam contar com alguém capacitado, senão podem dar um tiro no pé”, analisa. A Biofert também faz sua parte: investe dinheiro na formação da funcionária. “A gente precisa se dedicar e desenvolver essa pessoa, que se torna a voz da empresa para os clientes. É um profissional precioso que exerce uma função muito nobre e de muita confiança”, reconhece a sócia-diretora, Erlana Castro.

O exemplo da Biofert ainda é exceção, mas a tendência é que o mundo corporativo invista cada vez mais em quem entende do assunto. “O mercado em Minas está se organizando e a tendência das empresas é dar mais importância para a área de mídias sociais. Quando elas comprovarem que é estratégico estar no ambiente on-line, vão valorizar os profissionais e pagar um salário cada vez melhor”, opina o coordenador do curso MBA em mídias sociais e gestão da comunicação digital da UNA, Fernando Leroy de Araújo. Em São Paulo, tem gente que recebe de R$ 10 mil a R$ 15 mil para trabalhar na área.

Ainda não dá para saber quanto as empresas mineiras estão dispostas a investir. Parece que não é pouco, por isso dá para dizer que o mercado é realmente promissor. Basta se qualificar.

[Continua…]

Matéria do jornal Estado de Minas – Caderno Emprego – 19/06/2011.

Leia também: – Hora dos Resultados.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *