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MATÉRIA POSTADA NO O ESTADO RJ – 30/09/2007

Como a inflação interfere no seu dia-a-dia
Veja e entenda como a taxa de juros anda se comportando
Por Elisandra Amâncio
de Belo Horizonte (MG)

Geralmente a população não compreende a discussão que envolve o Banco Central e os economistas. No entanto, suas decisões interferem diretamente no cotidiano de toda a sociedade brasileira. O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) se reúne periodicamente para discutir a situação macroeconômica do Brasil. Nessas reuniões são definidas, por exemplo, a alíquota da taxa de juros do país, a taxa Selic. Por isso, todo aquele que tem amor pelo seu dinheiro deve ficar atento.

O matemático Francisco Alves conta que era tesoureiro de uma grande empreiteira na década de 90. Nessa época, dependendo do tipo de aplicação que fazia, quase duplicava seu capital por mês de investimento. “Comprei minha casa própria, meu carro e uma moto”, relata.

Para Francisco, a situação atual é bem diferente. Após ficar desempregado, resolveu comprar um veículo para transporte escolar e começou a trabalhar por conta própria. Hoje com três veículos, emprega dois funcionários, mas diz que há nove anos presta serviços em escolas e conseguiu comprar apenas um veículo novo nesse tempo. “Acompanho a taxa Selic e sei que isso interfere diretamente na minha vida”, declara o matemático.

A taxa Selic, que significa Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, é o instrumento primário de política monetária do Copom. Essa taxa está diretamente relacionada aos financiamentos diários entre bancos e demais instituições credenciadas. Pelo Selic é possível calcular a média dos juros que o governo paga aos bancos. Essa média, que é a Taxa Over-Selic, serve de referência para o cálculo de todas as outras taxas de juros do país. Cabe ao Banco Central fiscalizar se a taxa está realmente sendo aplicada.

De acordo com levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a inflação em setembro foi de 1,29% contra 0,98% em agosto. Apesar do aumento, ela permaneceu na faixa esperada pelos economistas. No entanto, para continuar freando seu crescimento, a Selic deverá permanecer em torno de 11,25% a.a (ao ano).

Segundo o matemático, isso é um dado positivo. “Se o Banco Central desestimular as aplicações financeiras mantendo a mesma taxa, há possibilidade de os ricos investirem em seus próprios negócios fazendo o dinheiro circular no país”, acrescenta.

Notícia Postada em 30/09/2007 por: Elisandra Amâncio

link da matéria: http://www.oestadorj.com.br/?pg=noticia&id=769

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