MoJo: mais uma questão para o jornalista multimídia!
Há quatro ou cinco anos com certeza responderia: rádio, tv, jornais e revistas (impressos) e Internet. Pronto? Não, nada pronto. Navegando por este mundo virtual encontrei um termo usado por pesquisadores que se referem ao MoJo que é a abreviação de Mobile Journalism (Jornalismo Móvel).
Hoje tive a felicidade de chegar ao link do texto “Webjornalismo já é coisa do passado, conheça o MoJo.” Que coisa intrigante, pensei. Como assim webjornalismo é passado? Lendo o texto e os comentários que seguem vi o quão rica essa discussão pode ser.
No texto do estudante de jornalismo Eloy Vieira ele apresenta sete tipos de mídias atuais, conforme buscou no texto do pesquisador português, Antonio Fidalgo. São elas: impresso, gravados, cinema, rádio, televisão, internet e telefone móvel. Claro, não essa informação não era para ser novidade alguma, principalmente, para alguém como eu que ando com quatro aparelhos de telefonia móvel na bolsa. Tenho dois ouvidos, e se tocam os quatro? (Deixo essa para virar um post no blog Crônicas de um dia qualquer…)
O telefone celular é visto como mídia! O texto do Vieira apresenta algumas questões interessantes quanto a produção de conteúdo e a importância do jornalista ser multimídia. E é certo, com a chegada dos smartphones cada vez mais os aparelhos serão utilizados para acesso à Internet, mídias sociais, etc. Ah, o ponto chave! Os telefones são geradores de conteúdo! Quem já não viu ou ouviu falar de quem utilizou um celular para tirar uma foto, filmar ou enviar uma notícia para a imprensa de algo que ela testemunhou? Isso é fato!
O MoJo é uma realidade próxima, cada vez mais se produz conteúdo a partir do celular. Claro, quase impossível escrever uma matéria no celular. Mas acredito que é possível produzir um texto e compartilhá-lo no Twitter com a “chamada” linkando para o texto. Isso vem funcionando muito bem, por sinal, não só com texto, mas com fotos e vídeos também. Os telefones celulares se tornaram praticamente extensão do nosso corpo.
Compartilho aqui o comentário que postei no site Midiatismo e convido você a participar também dessa discussão.
“Como jornalista tenho buscado compreender um pouco mais essas ferramentas e como usá-las com inteligência. Sinto um pouco do que o Neto comentou. No Twitter, as notícias ficam limitadas à títulos. Entretanto, o título pode chamar com um link para a matéria referente ao tweet.
Tenho encarado o Twitter, por exemplo, como um portal para outras dimensões virtuais. A possibilidade de estar com um smartphone na mão e enviar uma notinha em 140 caracteres satisfaz o ego de qualquer pessoa disposta a enviar uma informação imediata, uma foto ou vídeo, mesmo considerando as dificuldades tecnológicas como velocidade de envio de dados, cobertura, etc.
Se pensarmos em 10 anos como utilizávamos a Internet e em como usamos hoje percebemos que não precisou de “tanto” tempo assim para avançarmos muito em termos de informação virtual. Lembram-se da época da campanha “Todo brasileiro tem direito a um email grátis”? Pois é, o tempo passou e a demanda tem gerado pressa. Não há dúvidas de que aqui do lado tupiniquim poderá tardar um pouco mais para essa onda MoJo pegar, mas pensando pelo lado visionário, já pegou. Quem tem celular e vê algo inédito (sendo jornalista ou não) imediatamente grava, fotografa e envia para o telejornal, jornal e sites de notícias.
Será que o MoJo é a segunda etapa do que chamaram de Jornalismo Colaborativo? Vamos ver.
Elisandra Amâncio
Jornalista”