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    Coréia do Norte condena duas jornalistas dos EUA a 12 anos de trabalhos forçados

    Notícia lastimável. Publico aqui a íntegra do post do Blog Jornalismo das Américas, do Knight Center of Journalism
    Laura Ling e Euna Lee, que foram presas na Coreia do Norte em março enquanto cobriam a situação de desertores na fronteira norte-coreana com a China, foram consideradas culpadas por entrar ilegalmente no país e por “atos hostis”. As jornalistas receberam pena de 12 anos de trabalhos forçados, informam a Associated Press e a BBC Brasil. O governo do presidente Barack Obama estuda as opções que tem para obter a libertação das duas jornalistas, acrescenta a AFP. Veja os antecedentes do caso aqui e as notícias mais recentes aqui. A condenação das duas repórteres, que faziam uma reportagem para a Current TV, sugere que o governo norte-coreano está aumentando o enfrentamento com os Estados Unidos. “No entanto, a pena abre caminho para as negociações para libertar as duas (mulheres)” e muito poucos observadores na Coreia do Norte acreditam que as jornalistas cumprirão a sentença, escreve Moon Ihlwan, chefe do escritório da revista Business Week na Coreia, em seu blog Eye on Asia. “Ao manter as duas jornalistas como reféns, a Coreia do Norte poderia acreditar que obrigaria Washington a pensar duas vezes antes de inserir o país em sua lista de nações que patrocinam o terrorismo”, diz Ihlwan. “Mais importante ainda, os esforços para conseguir a libertação das duas mulheres provavelmente darão lugar às tão desejadas conversas com os Estados Unidos”, afirma.

    Publicado por Dean Graber/JL

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    Militares entregam rapazes para ser executados no RJ

    Três jovens do Morro da Previdência, no centro do RJ foram apreendidos por militares do Exército Brasileiro e deixados na favela da Mineira. Os rapazes foram mortos e jogados em um lixão. Os militares envolvidos no caso confessaram que deixaram os rapazes na favela rival para que os traficantes dessem um “jeito” neles.
    Ouvi há pouco no ‘Repórter CBN’ que o assunto causou grande repercussão na mídia internacional. Em um desses jornais está escrito: “Os brasileiros não sabem agora se tem medo da polícia ou dos bandidos”.
    O Exército que recentemente foi citado como uma das instituições em que a população mais confia, têm sua imagem sendo rompida aos poucos. É no mínimo, lastimável!
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    Radialista violentamente agredido em Salinas/MG

    Outro jornalista é agredido no Brasil, mais ainda, em MG. Recebi este email do jornalista Fábio Oliva, há poucos minutos. Publico texto na íntegra, demonstrando minha indignação contra a impunidade.

    O radialista Miguel Bernabé, de 61 anos, foi violentamente agredido na madrugada deste domingo em Salinas, no Norte de Minas Gerais. “Foi uma surra encomendada”, afirma Bernabé, que fundou e dirige há dez anos a Rádio Sal FM. Recentemente a emissora foi invadida pelo prefeito José Antônio Prates, acompanhado de advogados, policiais militares e um delegado. Na oportunidade, o prefeito exigiu que os microfones da emissora fossem ligados para que pudesse explicar à população a criação de uma Comissão Processante, pela Câmara Municipal, que na prática significa a abertura de um processo de cassação de seu mandato, por suposto ato de improbidade administrativa. Inconformado com o atentado à liberdade de imprensa, Miguel Bernabé ousou denunciar o prefeito ao Ministério Público. O agressor, segundo o radialista, foi um jovem de aproximadamente 20 anos, ainda não identificado. O crime ocorreu minutos depois de Bernabé deixar o Parque de Exposições da cidade – onde se realizava uma festa agropecuária – em direção à sua casa. Depois que já havia se afastado da aglomeração de pessoas e passava por trecho ermo de uma rua, o radialista diz que recebeu uma “voadora”, golpe que o derrubou. Em seguida recebeu vários chutes, que o atingiram na boca e no nariz. Bernabé teve o braço direito quebrado e várias escoriações. A suspeita de crime encomendado é reforçada por uma constatação: o agressor nada levou do radialista. Bernabé foi socorrido por populares e levado ao Hospital de Salinas pela Polícia Militar, que lavrou boletim de ocorrência e fez rastreamentos mas não conseguiu localizar o agressor do radialista.

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    Violência contra jornalistas – até quando?

    Li há pouco no portal do O Tempo que um jornalista da BBC de Londres foi encontardo morto hoje, em Cabul. Meu Deus, em dois dias é o segundo jornalista só da BBC.

    Ele foi assassinado “simplesmente” porque ele é jornalista. Que quarto poder é esse? Na minha opinião não tem quarto poder, se houvesse realmente, assassinatos brutos assim, não aconteceriam com tanta frequência no mundo todo. Inclusive aqui no Brasil, como no caso Tim Lopes, ou como a equipe do jornal O Dia, que foi sequestrada e torturada.

    Alguém, por favor, poderia dizer como exercer a liberdade de imprensa?

    Liberdade… essa é a palavra! Não pude deixar de recorrer ao Dicionário da Língua Portuguesa – Aurélio.

    Liberdade sf. 1. Faculdade de cada um se decidir ou agir segundo a própria determinação. 2. Estado ou condição de homem livre. 3. Confiança, intimidade (às vezes abusiva). * Liberdade condicional. Jur. Liberdade, com algumas condições restritivas, que se dá a certos condenados, antes do fim da pena.

    Minha conclusão é que vivemos em liberdade condicional, pois estamos condenados à opressões, medos, represálias. Quando seremos livres de fato?

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    Equipe do Jornal O Dia é torturada no Rio de Janeiro

    Conforme foi noticiado em várias mídias, uma equipe do jornal carioca “O Dia” foi sequestrada e torturada por 7 horas e meia, dia 14 de maio. A notícia veio à tona no último dia 1º após certificarem que a equipe está em local “seguro” e está bem.

    Posto aqui o manifesto da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) em apoio à equipe torturada.

    Mensagem original postada aqui.
    Abraji protesta diante de abusos cometidos contra jornalistas de ‘O Dia’ e cobra autoridades

    A Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) protesta de forma veemente diante dos fatos gravíssimos relatados na edição de domingo (1/06) de O Dia, quando uma equipe de reportagem foi mantida durante sete horas e meia seqüestrada, em cárcere privado e torturada numa favela do Rio de Janeiro, na Zona Oeste. A equipe realizava uma reportagem especial em uma favela dominada pela milícia (espécie de grupo privado que atua por conta própria e é composto por policiais, ex-policiais, agentes penitenciários, bombeiros e ex-servidores da Segurança Pública). A equipe de “O Dia” trabalhava em uma casa alugada na comunidade durante duas semanas, quando foi identificada no último dia 14 de maio.
    A exemplo dos traficantes, esses bandos criminosos chamados “milícias” criam áreas de exclusão, nas quais impõem as suas próprias leis, valendo-se da intimidação e do assassinato. Além da barbárie a que submetem os moradores, o que já seria inaceitável, esse tipo de banditismo organizado põe em risco o Estado Democrático de Direito, em desafio aberto ao Executivo, ao Legislativo e ao Judiciário, os poderes da República, que deveriam regular a vida da sociedade.
    Em vista disso, a Abraji:
    · Solidariza-se com a equipe agredida e com o jornal “O Dia”, lamentando que ainda sejamos obrigados a conviver com atos dessa natureza.
    · Pede que as autoridades apurem com rigor o crime cometido.
    · Considera inaceitável existirem no país “áreas de exclusão”, dominadas por criminosos, onde a imprensa não pode trabalhar sem sofrer agressões, e onde reina um poder paralelo do tráfico ou da milícia formada por policiais da ativa e ex-policiais.
    · Cobra das autoridades para que o Estado aja com mais efetividade nessas áreas, não só reprimindo esses bandos criminosos, mas também levando os benefícios legais e sociais a que as populações que nelas vivem têm direito.
    · Alerta as empresas de comunicação sobre a responsabilidade que elas têm na segurança de seus funcionários. A elas cabe avaliar os riscos que eles possam correr.
    A Abraji lembra que, neste 2/6, completam-se seis anos do assassinato de Tim Lopes, torturado e morto por traficantes, quando fazia investigação da exploração sexual de crianças e adolescentes em bailes funk. A Abraji surgiu na comoção que se seguiu a morte de Tim Lopes, por isso tem, entre as suas principais preocupações, a luta pela preservação da integridade física dos jornalistas, um assunto que profissionais e empresas têm de se empenhar em debater com mais profundidade.

    Diretoria da Abraji
    1 de junho de 2008
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    Atentado contra o repórter Edson Ferraz

    Não aceito qualquer tipo de represália contra jornalistas/repórteres. No último dia o repórter da afiliada da Rede Globo (TV Diário) Edson Ferraz sofreu um atentado mas escapou sem qualquer tipo de ferimento.

    Suspeita-se que o repórter sofreu essa tentativa de homicídio após veicular uma matéria que denuncia 13 investigadores do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos), da Polícia Civil.

    Sou contra qualquer tipo de violência, ainda mais contra jornalistas! Espero que a justiça tome alguma providência em relação ao caso.

    Matéria na íntegra, clique aqui.

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    Crimes contra crianças

    É cada vez maior o número de notícias que dizem respeito à violência contra crianças. Aparentemente o assunto é banal, trivial demais para gerar qualquer tipo de discussão ou mudança de atitude.

    Acabo de ler uma notícia, em que uma mãe jogou uma menina de três meses em um rio, na cidade de Ponte Nova(MG). O bebê, claro, estava morto ao ser resgatado. Até o momento não se sabe ao certo o motivo de tal brutalidade.

    Crianças sendo torturadas, maltratadas, escravizadas (em todos os níveis possíveis, intelectuais, sexuais, serviçais, etc) descriminadas, assassinadas! Outro dia li um texto que dizia explicitamente que o Estatuto da Criança foi criado por adultos na tentativa de garantir à criança e ao adolescente , justamente, aquilo que os adultos não respeitam. Parece incoerente? Pois é assim, o ser humano vive lutando sobre sua própria incoerência.

    Até quando seremos obrigados a ler e testemunhar casos de crianças jogadas em rios, janelas, arrastadas por carros?

    Nesse ponto sim, a imprensa deveria agir insistentemente cobrando da justiça, do Congresso Nacional, medidas, reformas constitucionais, sei-lá-mais-o-quê uma ATITUDE em relação a violência infantil. Ao invés de apegar-se em um caso específico (Nardoni, por exemplo)??? O que as pessoas precisam é de uma voz que clame por seus direitos! A imprensa tem esse poder, de mostrar, falar, expor… então porque calar???

    Não adianta falar (in)cansavelmente sobre o caso Nardoni, mas sim cobrar atitudes contra pessoas que fazem esses atos, e cobrar de quem é responsável, medidas para que casos assim, não aconteçam novamente.