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    Jornalismo religioso?

    Já parou para pensar nas matérias jornalísticas em que viu ao longo de sua vida que abordam alguma religião? Bom, no meu caso, parei para pensar sobre isso. Que me lembre todo tipo de matéria que vi até hoje falando especificamente sobre alguma igreja ou religião são produzidas com caráter “negativo”. Ou seja, visam denegrir uma igreja ou religião.

    Como jornalista, e também atuante como assessora de imprensa, converso com diversos profissionais da área e percebo que a maioria não entende (e não quer entender) como as religiões atuam e o que elas defendem. O preconceito e a visão estereotipada da religião faz com que a imprensa perca a oportunidade de utilizar sua força para esclarecer a população sobre o tema. Infelizmente, os estereótipos são mais fortes e a imprensa prefere continuar taxando padres como pedófilos e pastores como ladrões ao invés de conhecer, pesquisar e entrevistar personalidades que exercem influência direta sobre às pessoas. Um princípio básico e primordial do jornalismo é a prática de sempre “ouvir” todos os lados envolvidos em uma história, buscar dados que validem as informações, documentos, etc.
    Talvez você até pense que estou escrevendo sobre isso por ser evangélica. Mas não, estou pensando no quanto os leitores, internautas e telespectadores perdem com isso. Ao invés de conhecermos as religiões e suas ações com “isenção” percebemos que as matérias produzidas pela imprensa geralmente são para denegrir a imagem de uma instituição ou crença. A discussão sobre temas enriquece não somente a cultura pessoal, mas o nível de entendimento das pessoas em relação ao tema. Mas como essa discussão será eficiente se as notícias são tendenciosas?

    Aprendi algo muito interessante no Direito, que todo mundo é inocente até que se prove o contrário. Então por que a mídia trata as religiões como ‘culpadas’ de algo? Creio que se existe algo de ruim no ser humano são as nossas próprias escolhas pessoais, ou seja, a partir daquilo que buscamos nos embasar para exercer ações boas ou ruins. Sou a favor de que todos tenham espaço com igualdade e que o jornalista busque a tal “imparcialidade” que ele “jura” praticar em cada matéria escrita ao falar das religiões no Brasil. Nosso país é gigante, existem as mais diversas culturas instauradas por todo território nacional.

    Vejo que da mesma forma que repórteres de Economia continuam falando para o mínimo de leitores possível, porque não se preocupam em adequar a linguagem para que todos entendam a notícia, assim também, muitos repórteres tem falhado na hora de produzir notícias relacionadas à religião. Infelizmente, quando o editor escolhe o título da matéria ele não se preocupa com o sensacionalismo que ela irá causar. Escreve no primeiro parágrafo o “absurdo” que precisa para fazer com que o leitor acompanhe a notícia. Dificilmente ele lerá a matéria até o final. Daí vale o ditado de que a “primeira impressão é a que fica”. 

    Fazendo uma autocrítica da profissão, assumindo a mea culpa, é preciso perceber e mudar a atuação impositiva do jornalista e ser mais instrutiva. Ao invés de levantar hipóteses, provar com fatos o tipo de informação que se deseja transmitir. Por mais que no Brasil diga-se que o estado é laico e a liberdade religiosa seja uma realidade, conforme garantido na Constituição, o que vivemos no meio midiático é bem diferente. A imprensa não se preocupa em informar a prestação de serviços que as igrejas e instituições religiosas vem desenvolvendo nas comunidades. A igreja como parte do Terceiro Setor é uma importante aliada da sociedade enquanto o governo falha com suas obrigações. 
    Conheço instituições religiosas que auxiliam das mais diversas formas, com comida, roupas, cursos profissionalizantes, assistência social (e espiritual), assistência médica, psicológica, odontológica e por aí vai. Raramente vemos notícias positivas que falam sobre a assistência delas nos mais diversos âmbitos da sociedade. Pelo contrário, o que vemos são mídias que perseguem as religiões, usam do seu poder de influência para denegrir a imagem de instituições que buscam ser uma auxiliadora da população. 
    A verdade é que se a imprensa tratasse a politicagem existida no Brasil como trata as pessoas que tem algum tipo de crença talvez o nosso país estivesse melhor. 
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    Peraí! Já vi isso antes!!!

    Ao assistir o telejornal, ou ler notícias nos jornais, revistas e Internet você tem a sensação de já ter visto algo parecido há pouco tempo? Eu também!

    Conversando com uma amiga, também jornalista, ela compartilhou sobre a falta de criatividade das pautas (matérias) publicadas na imprensa em certas épocas do ano. Por exemplo, todo final de ano fala-se das mesmas coisas: vendas no varejo, shoppings lotados, cuidado com as bolsas e pequenos furtos, ceias de natal, ano novo, rodoviária lotada, destinos mais procurados nas férias.

    Em janeiro segue o mesmo “ritual”: férias, como “ocupar” seu filho, para onde viajar, cuidados com a casa durante o período de férias, contas para pagar IPTU, IPVA, lista de material escolar, mensalidade das escolas, segurança de vans, e por aí vai.
    Claro, são assuntos importantes e do cotidiano. Porém, falta criatividade na elaboração das pautas! A abordagem é basicamente a mesma! Na minha opinião, o jornalismo precisa romper as barreiras da mesmice assim como o jornalista Tadeu Schimdt do Fantástico. Com seu jeito irreverente e descontraído passou a apresentar a grade de esportes do domingo da Globo e está inovando e conquistando público.
    Abro aqui um espaço para discussão sobre essas matérias repetitivas. Tanto do que gostariam de assistir como telespectadores, leitores e internautas. E, como jornalistas, sobre o que gostariam de produzir.
    Vamos lá colegas de imprensa! É hora de ir além do que o público já espera!
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    Diálogos da Comunicação – sobre Diploma para Jornalistas

    Nesta quinta-feira (25/06), às 19h30, realizaremos no auditório JK, no Campus Prado da Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte, um debate sobre a extinção da exigência do diploma para os jornalistas.
    O encontro terá a participação de profissionais de mercado, representantes do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais e da Delegacia Regional do Trabalho (DRT). O evento será importante para que os alunos tirem suas dúvidas sobre o tema.
    Contamos com a presença de todos.
    Att.
    Professores Marcelo Freitas, Kátia Massimo e Evaldo Magalhães
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    E a polêmica continua…

    Posto aqui, minha “singela” contribuição em uma lista de jornalistas que estão debatendo sobre esse tema. Claro, há muito para ser discutido. E acredito que a discussão gera o crescimento e (as vezes) o entendimento.

    Esse episódio da Petrobras me deixa uma pulga (senão várias) atrás da orelha. Se toda fonte que eu entrevistar resolver publicar em seus blogs e afins sobre tudo que perguntei antes da minha matéria sair como isso vai ficar? 

    Acho engraçado essa história de “transparência”, porque para publicar algo de interesse deles, são capazes de até ligar retornando ligação. Agora quando o tema é algo de interesse público eles preferem não se proncunciar sobre o assunto. Que liberdade é essa?

    Se alguém conseguir, me deem uma luz por favor.

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    A Abraji condena atitude da Petrobras

    A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) divulgou nota repudiando a iniciativa da Petrobras em divulgar perguntas de jornalistas em blog antes da publicação das matérias. Segue:

    Abraji condena atitude da Petrobras de divulgar perguntas de jornalistas antes da publicação da reportagem
    A Abraji condena a atitude da Petrobras de divulgar em seu blog “Fatos e Dados” as perguntas que recebe de jornais e repórteres sobre investigações conduzidas, muitas vezes, de maneira reservada.

    A Abraji entende que após a publicação da matéria, a Petrobras – assim como qualquer outra empresa, instituição ou pessoa – tem o direito de confrontar suas respostas com o que foi publicado. Mas, ao divulgar os questionamentos e eventuais respostas antes da veiculação da reportagem, a estatal federal prejudica o trabalho jornalístico do profissional que, de boa fé, procura a empresa para checar alguns dados ou ouvir alguma contestação para compor o trabalho de reportagem.

    Ao agir dessa forma, a Petrobras inibe os meios de comunicação e os jornalistas que precisam verificar com a empresa informações de eventuais reportagens que serão veiculadas. A estatal deve rever essa prática para preservar um relacionamento profissional com os meios de comunicação e jornalistas, que têm o direito de manter suas apurações em sigilo antes da veiculação do produto final.

    Com dica da Ana Estela da Folha cheguei ao blog do Sério Léo com boas argumentações. Acesse aqui.

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    2º Encontro Nacional de Rádio e Ciência

    Tive o privilégio de participar nos dias 24 a 26 de setembro do 2º Encontro Nacional de Rádio e Ciência no Campus Pampulha da UFMG. Ouvi diversas experiências de comunicadores e cientistas que vêm batalhando na produção e transmissão de programas para divulgar a Ciência por todo o país. O que mais senti nesses dois dias foi a paixão que move essas pessoas, a paixão pelo rádio, que sem dúvida, ainda é o meio de comunicação mais eficiente do país. Depois de ouvir a experiência de colegas da região Amazônica e Nordeste do país relatando suas experiências, não deixa nenhum rastro de dúvidas. A Internet é uma realidade bem distante dos grotões brasileiros.

    Aproveito e reproduzo notícia do site da UFMG sobre o evento.

    Encontro na UFMG une instituições e emissoras de rádio em torno do futuro da divulgação da ciência

    O compartilhamento de experiências e o desejo de discutir as possibilidades para o futuro da divulgação científica foram aspectos marcantes do 2º Encontro Nacional Rádio e Ciência, que terminou esta tarde no campus Pampulha da UFMG. O evento reuniu 184 estudantes e profissionais de emissoras, universidades e outras instituições, que participaram de palestras, debates e oficina. O encontro foi promovido pela UFMG e pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).
    Ildeu de Castro Moreira, diretor do Departamento de Popularização da Ciência e Tecnologia do MCT, afirmou que o governo trabalha em várias iniciativas relacionadas à ampliação da cultura científica e que o rádio tem papel fundamental nesse processo. Ele conclamou universidades, cientistas e pesquisadores a estarem atentos para a importância de utilizar os meios de comunicação para aproximar a ciência do grande público. “Este é um compromisso social das instituições”, afirmou Moreira, que citou a UFMG como exemplo de instituição que explora de forma eficiente diversas mídias. Ele sugeriu que se pense em uma forma de integrar as rádios do Mercosul e informou sobre programas que reúnem o MCT e outros países de língua portuguesa, como Cabo Verde, Moçambique e Portugal.
    Para a diretora de Divulgação e Comunicação Social da UFMG, Maria Céres Spinola Castro, o saldo foi muito positivo, principalmente porque se discutiram planos conjuntos e alternativas de financiamento para iniciativas de divulgação da ciência através do rádio. “As instituições que estão preocupadas com essa questão aproveitaram muito bem a oportunidade de conhecer experiências diferentes”, disse Maria Céres. E constatamos, ao assistir às palestras dos especialistas europeus, que estamos no caminho certo, já que desenvolvemos projetos muito semelhantes ao que se faz na Inglaterra e na Itália”, ela contou referindo-se às apresentações de Gareth Mitchell, da BBC de Londres, e Elisabetta Tola, da Rádio Nacional Italiana.
    Maria Céres Castro destacou também a importância de centralizar as informações sobre a difusão da ciência em escala nacional, através de uma agência de notícias que congregue instituições de todo o país para alimentar um portal que seria gerenciado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.
    Soluções para o futuro“Volto para casa animada com o que vi e ouvi aqui, agora temos que nos manter conectados”, disse a gerente executiva da Rádio MEC, Liana Milanês. Ela se revelou satisfeita com a manifestação geral do desejo de pensar no que fazer daqui para a frente. “Foi muito bom partilhar conhecimentos, mas melhor ainda perceber a angústia e a curiosidade pelas soluções para o futuro”, afirmou Liana. Ela se disse especialmente impressionada com experiências que mostram que é possível promover o diálogo do cientista com o jornalista e dar voz a outros atores, como as crianças e os doentes mentais, citando programas da UFMG Educativa e de uma emissora de Santa Maria (RS).
    A coordenadora de Apoio à Divulgação da Ciência da UFMG, Helena Amorim, informou que o hotsite do evento ficará no ar para que os áudios dos programas executados durante o Encontro e os anais estejam disponíveis por mais algum tempo. Outra medida anunciada é a criação de uma lista de discussão eletrônica como canal de comunicação provisório entre os participantes do evento e outros interessados.

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    Câmera Escondida – a polêmica continua

    A polêmica das câmeras escondidas continuam… e passeando pela WEB fui ao Blog Novo em Folha e li um post sobre o tema com o título “Como e por que usar (ou não) câmeras escondidas?” Acho que vale a pena que você dê uma passadinha por lá. A Ana Estela, editora de treinamento da Folha sempre leva esse tema em discussão que acho muito válida.

    Ainda estou no time de ser mais “contra” do que a favor do uso das tais câmeras. Toda vez que penso nelas, lembro do Tim Lopes. Tá, vai lá que não é todo mundo que se enfia em uma favela com uma câmera, mas de qualquer forma, não é crime? Então para que insistir nisso? Acho mais válido denunciar no Ministério Público e ficar na cola do pessoa durante a apuração, acompanhando o trabalho de perto.